Olá! Espero que estejam curtindo bem o feriado! Eu aproveitei para ir ao cinema, ver e sentir:
talvez fosse a única coisa
intangível
que não fosse coisa
comprável e era onipresente
Mesmo ruim
como o inferno
ainda assim melhor do que o nada
o cheiro ruim disfarça
a quietude do vazio
As quinquilharias valorizadas
e as coisas prestáveis
não compradas
e as coisas importantes
incompráveis
tudo causa dor
a vida é dura
As quinquilharias:
aqueles que as compram
se tornam como elas
o mercador de bugingangas
o mercador de bugingangas
se tornou coisa
e o ser viciado
tal como o ar viciado
remetia ao mal
Mas na mulher existe
uma ponta de indignação
de sentimento e de verdade
a p*%$# da verdade.
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CRÍTICA DO CINEASTA ARNALDO JABOR NA CBN! LEIA OU OUÇA!
No limite do grotesco e do cômico, o cheiro é a metáfora do mal-estar urbano.“
A história é pesada, sobre a solidão de um cara que tenta preencher o próprio
vazio comprando coisas e pessoas”, explica. O tom politicamente incorreto é
necessário, segundo o diretor, para espelhar a sociedade atual. “O filme chega
na hora em que o mundo está muito cínico”, salienta. O público – gente que
consome e, ao mesmo tempo, é consumida pelas relações descartáveis – consegue
rir do próprio ralo onde está metido.
Até quarta-feira pessoal!